Era suposto que as crises económicas incluíssem um serviço ‘take away’ de realismo e humildade. Num país que cultiva a inveja, elas limitam-se
a estimular o ‘voyeurismo’. Um grupo de deputados socialistas insiste que a publicitação generalizada das declarações de impostos é uma forma eficaz de combater a corrupção. Talvez, nalguns países nórdicos, medidas como esta sejam encaradas com naturalidade, sem abusos, nem despertando populismos. Aqui, no actual contexto social e económico, elas são um rastilho. Uma coisa é defender a flexibilização do sigilo bancário para investigar a fraude e evasão fiscal, outra totalmente distinta é expor na internet a situação patrimonial de todos os contribuintes, permitindo que qualquer cidadão, sem um interesse legítimo, aceda a esses dados.
O que está em causa, aparentemente contra a vontade do primeiro-ministro, é o regresso a um ambiente PREC. Se alguém cumpre as suas obrigações fiscais, que direito temos de vasculhar a sua situação patrimonial? Não é difícil imaginar onde tudo isto nos leva…
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