O PSD está inquieto com as sondagens. Será que Pedro Passos Coelho não cola ou terão menosprezado o adversário? O problema chama-se Sócrates, um político ambidestro que, mais pela palavra do que pelos actos, assumiu uma alucinante tarefa: ser o Cavaleiro do Estado Social que tranquiliza a Esquerda e o Arauto do Estado Eficiente que apazigua a Direita. O primeiro-ministro porfiou, porfiou e encontrou a sua zona de conforto entre o Pedro Passos Coelho que defende uma dieta rigorosa do Estado e o Francisco Louçã que reclama a integração de 100 mil precários na administração pública. A estratégia comporta um risco: Sócrates não pode estar hoje com Passos para viabilizar o Orçamento e amanhã com Louçã para eleger um candidato presidencial, como quem salta, sem convicção, de nenúfar em nenúfar. O gestor corrente, em que o primeiro-ministro se transforma diariamente, tem passado pelas gotas da chuva. É obra e, diga-se, que o primeiro-ministro o faz com distinção! Numa sociedade civil mais informada e interventiva, esta zona de conforto e as suas contradições seriam lidas como uma conveniente procrastinação. Em Portugal, a zona de conforto de Sócrates ainda é o refúgio de milhões que temem ver as coisas como elas são. E esse é também o problema do PSD.
_ Casamento homossexual, ab...
_ A tosta mista e patriótic...
_ Um novo milagre das rosas...
_ É tão feio mentir a um il...
_ O Dia Europeu com Marijua...
_ Continuamos no pelotão do...
_ Os demónios internos do P...
_ O País das Maravilhas de ...